By Marta Neres & Peter Makus
Versão portuguesa em baixo.
Joaquim Jordão, Chief Engineer (en)
Joaquim or Jordão, as the crew calls him, was born in Gala, Figueira da Foz, 67 years ago.
Of his family, he is the first to go to sea. For him, going to the sea was a chance to escape the cruel reality of the Portuguese colonial war, in which many young men served during the 60s and 70s. Whoever worked on a cargo ship could substitute the six-year military service by an equally long period at sea.
Already in 1971, after studying to become an Electrician, he took a Mechanical Engineering course in the Nautical School. Finally, in 1973, he started to work on commercial vessels. Later in 1989, he accepted an offer to work in a factory, which processed wood logs. However, the company situation became more difficult and he decided to work at sea again.
In his many years as a seaman, Joaquim worked in all kinds of ships: oil exploration vessels, chemical cargo, fresh goods, container vessels, passenger ships, and research vessels – including the “Baía Farta” where he as well served under our Captain José Gomes. For all of those ships, the core responsibilities as an engineer are essentially the same. Thus, to him, every new vessel always feels like the “right and best place to be”.
Concerning the Mário Ruvio, although the ship is not the newest anymore, she manages well as she is well equipped for that kind of mission. According to Joaquim, also new ships have their problems. On the RV Mário Ruivo, work has become more diverse for Joaquim. The mission objectives vary almost every time the RV Mário Ruivo goes to sea and operations require different strategies and preparations. For Joaquim, every day at sea is an adventure.
The two most essential tasks for Joaquim are understanding each mission’s objective as well as maintaining a good relation with everyone onboard.
Several members of the UPFLOW team were lucky enough to take a tour of the impressive machine room of RV Mário Ruivo and fully appreciate the hard “underworld” work going on to keep us sailing steadily, without which our experiment would not have been possible!
Joaquim Jordão, Chefe de máquinas (pt)
Joaquim, mais conhecido a bordo como Jordão, nasceu na Gala, Figueira da Foz, há 67 anos.
Não tinha ninguém na família ligado ao mar. Para si, o mar apareceu como uma forma de escapar à Guerra Colonial, uma realidade que tocou a muitos rapazes portugueses nos anos 60-70. Quem trabalhasse para a marinha mercante podia substituir o tempo de tropa por 6 anos de tempo de serviço no mar.
Já com o curso secundário de Electricista, em 1971 entrou no curso de Máquinas da Escola Náutica. Durante o curso fez 2 meses de recruta na Base Naval do Alfeite e em 1973 começou a trabalhar no mar, na marinha mercante. Entre 1989 e 2000 trabalhou em terra, numa fábrica de transformação de madeiras em Proença-a-Nova, mas voltou ao mar quando a situação da empresa se complicou.
Trabalhou em todo o tipo de navios de carga: petroleiros, químicos, frigoríficos, passageiros, rebocadores, contentores, de investigação (incluindo o Baía Farta angolano onde também esteve com o nosso comandante), etc. Embora cada navio tenha as suas especificidades, o trabalho de máquina é essencialmente o mesmo. No entanto, para si “o navio onde está é sempre dos melhores do mundo”, e está bem em qualquer lado.
Em relação ao NI Mário Ruivo, apesar de ser um navio já com alguma idade cumpre bem a sua missão (e os novos também têm os seus problemas…). Aqui, como há vários tipos de trabalho e uma diversidade de operações muito maior do que na marinha mercante, sai-se mais da rotina, é mais aliciante. É preciso fazer paragens, lançar instrumentos, planear operações, … O mais importante é sempre compreender os objectivos e haver bom relacionamento a bordo.
Não tem especiais hábitos a bordo, vive normalmente e é sempre uma aventura. Hoje em dia, a facilidade de comunicações simplifica o contacto com a família, o que noutros tempos era mais complicado, embora a falta seja sempre sentida dos dois lados do mar.
Vários membros da equipa tiveram a sorte de visitar a sala de máquinas do NI Mário Ruivo e apreciar o trabalho duro nas “catacumbas” do navio, sem o qual a nossa campanha não teria sido possível.